novembro 24, 2009

do que não sei, sei em português

"Ao doido, doideiras digo. Mas o senhor é homem sobrevindo, sensato, fiel como papel, o senhor me ouve, pensa e repensa, e rediz, então me ajuda. Assim, é como conto. Antes conto as coisas que formaram passado para mim com mais pertença. Vou lhe falar. Lhe falo do sertão. Do que não sei. Um grande sertão! Não sei. Ninguém ainda não sabe. Só umas raríssimas pessoas e só essas poucas veredas, veredazinhas. O que muito lhe agradeço é a sua fineza de atenção" (Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas)

p.s: outro dia (mais uma vez) vi numa livraria aqui em Madrid a versão em espanhol. Só pensei numa coisa: felizes os que têm o português como idioma...

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