novembro 17, 2009

repetição matutina

Desde a semana passada, voltei a ser acometido por sensações estranhas e contrárias pela manhã. Sono, cansaço, ansiedade. Acordo cedo, mas querendo ficar na cama. Quando cheguei aqui, isso também ocorreu. Depois, aos poucos, passou. Agora, acho, com a proximidade do final do ano, está voltando, um pouco.
Sempre gostei muito do final do ano. Das festas, da presença familiar, dos amigos. Este ano, tudo isso será diferente. Recheado pelas novidades do deslocamento geográfico, mas com um certo aperto lá do lado esquerdo do peito. Será especial, claro. Mas será diferente.
Se eu estivesse no Brasil, diria aos amigos: "não me liguem pela manhã". Seguramente, dada a minha emocionalidade, a conversa poderia rumar para uma lacrimosidade involuntária...
Só que durante muitas vezes aqui, eu quis amanhecer com o telefone nas mãos. Para ligar, falar, contar, desabafar. O email tem seus limites...
Na experiência de viver fora, há um contar que é o genérico. Só que há "contares" que são específicos. E esses, pela distância e incomunicações, você acaba tendo que guardar para si. Uma opinião não trocada, a revelação de uma lembrança partilhada.
Creio que minha "síndrome matutina" possa ser explicada um pouco por isso. Por ausências e retenções do dia anterior que eu superei ao longo do dia, mas que depois de uma noite (bem ou mal) dormida, batem à porta do ser.
O meu corpo anda propondo: final de ano é repetição; não é só fim ou começo. Que traga logo, de novo, seu lado bom.

Um comentário:

Unknown disse...

Seu Natal vai ser muito.o.o. bom!
Pode ter certeza que a turma daqui,
estará bem perto de voçê.Só uma coisa: quem terá paciência para arrumar a mesa com a Tia Rosa por perto?
Quá, quá, quá...