
Das comidas, destacaria meus exageros com os doces de ovos (sempre), com destaque para a cornucópia e o afogueado.
O primeiro, parente bem próximo do canudinho de doce-de-leite, lá de Minas. E o segundo, primo-primeiro do ninho de fios de ovos, lá de Pelotas, que me deleitou em muitos cafés em Porto Alegre. Além disso, teve o pastel de Belém (o original), as broas de ocasião, as queijadas, o bolo-rei de natal, o vinho do Porto e o bacalhau (este, claro, mais de uma vez), com destaque para o bacalhau com natas e o bacalhau a lagareiro. Muita "merenda" eu comi lá na Confeitaria Nacional, na Praça da Figueira em Lisboa. Uma perdição. Completa e total. Prazer da gula, inteiro. Ou melhor, pecado... hehehe
Na minha primeira vez em terras lusitanas, o sentimento de estar em casa foi muito forte. Agora se repetiu. Tanto pelos encontros, quanto pelos outros estranhamentos. É muito interessante você entender em você e na sua cultura (nos hábitos, para ser menos reflexivo) a presença da história. Coisas que fazem parte do seu dia-a-dia e que estão acumuladas invisivelmente na sua identidade. Nomes, sobrenomes, pele, pêlos, olhos, narizes, biotipos, comidas, horários, palavras. Mineiridade, brasilidade... intensidade. Mais uma vez, pela diferença, foi bom rever a semelhança.
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