Quando estive na Europa a primeira vez (e única até então), prometi que quando eu voltasse, conheceria Lisboa, Madrid e Roma. Neste período de agora, fui duas vezes em Lisboa. Em Madrid, morei. E em Roma fechei as chaves da minha "complexa equação" do estágio sanduíche. Um lado bom da complexidade, claro. Mesmo porque todos os lados dela têm o seu viés positivo.
Novamente sou grato a quem quer que seja preciso agradecer por tudo isso. Sou grato pelos encaixes e coincidências que surgiram em vários e muitos momentos.
Do último final de semana, que passou, além dos encantos que os olhos não esquecerão, ficará uma surpresa.
Em Roma, fomos para um tour relâmpago. E em nosso roteiro inesperado, a ida ao Vaticano acabou sendo no primeiro dia (sábado). No domingo pela manhã, ao acordar, ela perguntou se não íamos mesmo ver o Papa. O "medo" de não ver "tudo" tinha tirado essa opção do domingo. Puxa...
Então mudamos os planos. Acabamos indo. E vimos. E vi. E me arrepiei. E raciocinei: um arrepio para além de uma questão religiosa (já que não vou com a cara do "Bento"). Escalofrío de testemunho.
Na capital italiana, mais que testemunhar ruínas da história, presenciei uma fase minha se fechando, daquela maneira, naquele lugar. Testemunhei eu, a mim mesmo. Sim, com uma benção. E com uma reação do corpo. Frisson inesperado. Alguma coisa dizendo.
Ali, na Praça São Pedro, ao final de suas palavras, o Papa dirigiu-se a nós, aos "peregrinos de língua espanhola" e aos de outras línguas. Não falou português. Não importa. O que trarei, o que daqui levarei, já cabe também, em outro idioma, na minha identidade. Intensamente.
Basílica de São Pedro: monumental.
Peregrinos: multidão tranquila.
Vaticano: riqueza e poder.
Praça São Pedro: grandiosidade.
Bento XVI: ícone, arrepio e testemunho.
"Benzendo": para levar na bagagem.
Fontana de Trevi: turistando.
Panteon: de boca aberta.
Foro Romano: contemplação.
O Coliseu: meu favorito...
Piazza Navona: cantinho.
Um comentário:
Este blog é um ser vivo. A evolução ao longo do tempo é evidente, como, por exemplo, a exaltação nos períodos de périplo pela Europa. Recentemente, o tom é mais nostálgico, seja pela despedida do Velho Mundo, seja pela proximidade do retorno ao núcleo de todas as saudades (atuais, pois depois o núcleo se divide, fracionando-se também para lá). Se a visão estiver equivocada é pelo ponto de vista que se tem, pois que o meu é exatamente este. Abração, Fred.
Postar um comentário