junho 18, 2010

atualidades

Hoje o assunto foi o Saramago. A notícia de sua morte me abraçou por todos os lados. Até me surpreendeu, pela repercussão. Merecida, claro. Achei interessante que a recebi pelo rádio. Algo pouco costumeiro no meu rol de furos de reportagens, tão internético.
Do autor, só li um livro. Confesso (verdade...). Um só... Já estive na tentação de vários outros. Mas sou daqueles que gostam de ler, que adoram frases cumpridas e parágrafos intermináveis, e que, ironicamente, esbarram no texto de Saramago. Quando li o "História do cerco de Lisboa", lembro de ter que parar para respirar. Mesmo. Uma página inteira sem ponto final. Várias.
Sei que isso é só pra quem pode. Só pro Saramago que pode. E admiro. Agora que ele parou de respirar (perdão pelo trocadilho infame e de péssimo gosto), não vai ter jeito. Terei que recuperar o fôlego e correr atrás do tempo perdido.

2 comentários:

Anônimo disse...

Saramago era completo. Inconformista como se deve ser. Em 2005, entrevistei ele aqui em BH. Coloquei no blog. Ele disse que não tinha medo de morrer.

crisvisouza disse...

E ontem na nossa conversa citamos Saramago, lembra? Quando falávamos das histórias com personagens sem nome, à maneira do Ensaios sobre a cegueira.

Saramago é essencial!