julho 19, 2010

corrida maluca

Desde a semana passada ando num circuito interessante: eu corro atrás de palavras e elas correm atrás de mim. Só que a gente se desencontra. Demais. Eu corro a elas pela escrita; e elas correm a mim pelos livros.
Tenho que escrever muito, bastante. Mas começo a escrever e em vez de ganhar palavras minhas, sinto a necessidade das palavras dos outros. Então parto para as leituras. Leio, leio, leio e me perco. Leituras fragmentadas que colhem muito mais que fragmentos. O que fazer?
Olho para a tela e ela continua branca. Olho para a estante e os livros parecem que vão despencar sobre mim. Famintos pelos meus olhos. A minha corrida, pelo visto, no final das contas, será contra o tempo...

Eu e as palavras: assim se faz , também, uma tese.

Um comentário:

Adriana Santana disse...

É por isso que escrever sempre será um desatino. Porque a gente sabe do sofrimento da tela em branco, mas insiste. Entende que a palavra sempre se impõe, mas continua. E ainda sente prazer nisso... Então se recomeça. Boa sorte nos escritos!