dezembro 28, 2010

2011

Tento crer que há muita coisa de 2010 que tem, para mim, cara de semente. Foi plantada, estava submersa e em repouso. Tudo de forma não pensada, involuntária, mas com uma força insconciente, regrada justamente por fugir à regra.
Com o 2011, sem querer, desse "tudo", virá o broto, depois o caule. E assim por diante. Pelo menos é o que me diz a crença pungente nessa contagem regressiva para as próximas centenas de dias - novos - que se aproximam.
Não apenas estar à merçê de, mas ser merecedor. Também. Um misto do que diz o Rilke. Feliz Ano Novo!

"REPOUSO!
Ser hóspede, um dia.
Nem sempre ser o próprio a oferecer a seus desejos mesquinha ração.
Nem sempre hostilmente agarrar todas as coisas.
Deixar um dia tudo acontecer,
e saber: o que acontece é bom.
Também a coragem deve um dia distender-se
e à beira das cobertas de seda sobre si mesma dobrar-se.
Nem sempre ser soldado".

(trecho de "A canção de amor e de morte", poema de Rainer Maria Rilke, traduzido por Cecília Meireles)

Um comentário:

Miguel Arcanjo Prado disse...

fred, vi sua visita. claro que lembro de meu professor da fafich. que bom te reencontrar nestes espacos cibernéticos. se vier a sampa, me de um toque (desculpe a falta de acento, é que estou em buenos aires neste momento, num computador que nao tem acentos brasileiros). um beijo e feliz ano novo!!!