dezembro 07, 2010

no meu batel

Hoje aquela gavetinha da canção inconsciente funcionou demais. À noite, enquanto sonhava, devo ter apertado o repeat no seu display imaginário e acordei embebido em ondas sonoras. Talvez afogado ou em processo de afogamento.
E o som foi mesmo de onda. De mar. Fluxos de imagens misturadas com pessoas e lugares velhos e inéditos. Oscilação de novos desconhecidos. Paisagens e corpos personificando e espacializando algum sentido. Vários.
Quando o sonho é forte, seja isso pro lado bom ou ruim, a gente desperta meio sem rumo. Reação física ao nosso escape. É fato. Parece que algo nos mantém lá no universo onírico. Com música, então, nem se fala... Vínculo sinestésico.
Minha desterritorialização de hoje foi intensa. Ainda estou meio à deriva. Passei o dia tentando salvar a vida com trabalho. Tentando. Mas a gaveta continua aberta. Alguma coisa não me deixa fechá-la. E a Dulce Pontes permanece a me lembrar. Eu que há anos não escutava essa música... Fui encontrá-la justo em mim.
Vai entender (?)... O sonho entende.

Um comentário:

Ação disse...

que bonito, fred. quem dera eu tivesse um sonho sinestésico assim... bj.