setembro 16, 2012
Vi num sonho
Parecia até que não tinha existido. Que tudo aquilo era fruto da imaginação. Bem ao estilo de uma criatividade descompromissada. Mas naquelas imagens estava eu. No arrepio que elas traziam, era como se os poros tensionados brigassem com o vai e vem de cheiros, sons e cores que iniciavam de maneira confusa e desconexa um fluxo de sensações. Lembranças de um tempo não distante, só que muito afastado. Uma longitude pela diferença que ele hoje sabe elucidar, mas que de tão lúcida e clara, faz confundir o vivido com experiências que parecem quase oníricas. Tudo para me fazer lembrar que há o que persiste e há o que vale, mesmo que deles tenha que se abrir mão algum dia. Há a aventura de se viver o ganho e a perda. E há a opção de se celebrar o ônus, ao invés de se lamentar o bônus. Não tão simples quanto parece. Pois a consciência que se transmuta em memória, já não é apenas, mais, o que foi. Uma vez inconsciente, torna-se também revelação.
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