janeiro 26, 2017

cambalhota

Há uma dupla infantil que não falha. LEVEZA E DESTREZA. Na infância está o sentimento irrefletido da tranquilidade, do ser apenas, reunindo sentidos para aquilo que não se sabe. E pelo sem compromisso que é, permite que o prazer venha como mediação. LEVE. Filtro bom do deixar estar, onde não habita a preocupação. Um alívio permanente, que desconhece o peso, e é companheiro fiel da risada. Rir na corrida, rir na pergunta, rir na acrobacia espontânea. Agir com habilidade pela propriedade segura e inconsciente do próprio corpo, que é maleável e imensuravelmente solto. LIVRE. E tudo isso, se passado foi, também é vestígio, é marca, continua. Índice do antes, pelo agora, para o depois. A felicidade, pois, é átimo, mas também memória de uma pura essência. O que faz com que, mesmo adulto, o sorriso dê cambalhotas. De novo.

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