outubro 29, 2009

preferidas

Tenho canções preferidas. Minhas. Que são, na verdade, respostas a uma pergunta que me fiz uma vez, depois de escutar a mesma num "programete" de tevê: "qual é a trilha sonora da sua vida?".
Em verdade, desde aquele momento, decidi que o meu disco seria volume duplo. Um para as canções dos momentos que trago comigo e outro para as canções que trago comigo e as levo para os meus momentos.
Deste segundo disco, há uma que, acredito, deve ser a faixa de abertura das músicas internacionais. A conheço em algumas versões. E a prefiro na voz da Janis Joplin.

Domingo passado, já passava da uma da manhã, e ela ainda estava no quarto trabalhando. Fazendo coisas para a segunda-feira. Eu, na sala, lendo e com o meu iPod no ouvido.
E eis que mais uma vez - eu e as minhas coincidências - tive outro encontro comigo e com "minha" música. Tudo bem que o cantor da vez era outro:
"Eu não consegui, ou não quis, adormecer tão cedo. Liguei o meu walkman e fiquei a ouvir um lado inteiro de um disco do Bob Dylan. Adormeci com ele a perguntar-me ao ouvido: How many roads must a man walk down/ Before you call him a man?/ Yes, and how many seas must a white dove sail/ Before she sleeps in the sand? E, mesmo antes de fechar de vez os olhos e cair na incosciência, respondi-lhe: I don't know the answer, my friend" (Miguel Sousa Tavares. No teu deserto. pág. 48).

E foi também, de olhos fechados, não sei quando depois, que ganhei um beijo na testa e escutei meu nome. Fomos dormir. Outra resposta.

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