maio 25, 2010

sem pleonasmo

Domingo, enquanto voltava de viagem, vim pensando um tanto de coisa. Em três dias na casa de parentes que não são parentes, amigos que são mais que amigos, ouvi muitas palavras. Conversei bastante. Falei de mim e ouvi sobre mim. Boas palavras. Conselhos e pequenos dizeres espontâneos. Nada complexo, nada muito pensado, mas sentimento reafirmado. Laços.
Na semana passada, ao atender um telefonema meu, uma amiga me disse: "Você não morre tão cedo!". Perguntei por que. Ela me disse que estava, naquele momento, me escrevendo um email. Eu disse que o nome disso era um: sintonia.
Na sexta, em uma mensagem, um amigo trocou a palavra gentileza por outra: carinho. Sutileza na troca. Gesto natural, mas importante. Escolha pela escrita. Nem todos o fazem.
Ontem, conversando com outra amiga, ela me disse: "Vou te falar uma coisa porque tenho toda a liberdade para falar contigo". Confiança.
Hoje acordei pensando em quem está longe, depois de muito sonhar e acordar com a cabeça cheia de perguntas sobre saudade. Inconsciente.
Se eu penso (e concordo) que a expressão "elo de ligação" é um pleonasmo, pergunto pra mim mesmo: o que liga os meus elos a mim? Algo mais que a ação do elo.

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